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OS BASTIDORES SOMBRIOS DAS ELEIÇÕES NA VENEZUELA

A história da Venezuela nas últimas décadas segue em derrocada. Os sucessivos mandatos de Chavez e, posteriormente de Maduro, só pioram as condições estruturais e sociais do país. O desrespeito às leis e aos princípios gerais dos direitos humanos são flagrantes e propositais.

A democracia não tem validade. Os reflexos dos atos imperiais desses governos prejudicaram a vida dos indivíduos venezuelanos. A economia explodiu com índices alarmantes fazendo eclodir crises sucessivas. O país, de fato e de direito se encontra em uma crise profunda e quase irreversível, pelo menos neste momento.

Independentemente da preferência espectral no âmbito político – eleitoral tudo que é extremo é ruim, pois, os atos e pensamentos também serão radicais por conseqüência. Quem sofre é a população que deseja viver em paz e democraticamente.

Entretanto, mesmo em meio a todo esse imbróglio maniqueísta de céu e inferno, vem aí mais uma eleição no país marcada para o dia 28 de julho do corrente ano. O pleito marcará a reeleição de Nicolás Maduro para a  presidência que concorrerá – não sabemos com quem –, haja vista, a oposição política não conseguiu realizar as inscrições para o evento, mesmo após a sua concorrente Maria Corina Machado ter sido a vencedora nas eleições primárias.

Nesse sentido, após esse ato impeditivo da Suprema Corte venezuelana de não acatar a inscrição da opositora ao governo Maduro, inclusive também tendo problemas ao acessar o sistema de internet não conseguindo se inscrever, os Estados Unidos se manifestaram contra tal atrocidade em face à oposição e também contra a democracia e seus pilares instaurando, novamente, as respectivas sanções ao país.

O governo brasileiro ainda não se manifestou oficialmente sobre esses sucessivos desrespeitos aos princípios democráticos, mas o Brasil ainda está sob os efeitos do acordo de Barbados com a participação também dos Estados Unidos no dia 17 de Outubro de 2023 quando debateram e discutiram as promoções aos direitos políticos e eleitorais para as futuras eleições já marcadas conforme descrição no parágrafo anterior.

Mas, embora o acordo dialógico supra realizado se baseie na democracia e no princípio da reciprocidade e respeito aos pilares democráticos, creio que o Brasil deveria se posicionar veementemente contra os atos autoritários de Maduro que violaram o bojo do Acordo de Barbados.

Não existe democracia unilateral e sim plural com o devido respeito a todos os indivíduos, grupos, movimentos sociais, instituições públicas e privadas e aos arcabouços jurídicos internos e externos quando absorvidos pelas cartas políticas de cada nação. Que todos os olhos estejam voltados para a Venezuela no intuito de fiscalizar os direitos e garantias individuais e coletivas do seu povo e rechace o controle excessivo de um governo que só pensa em si!

Dr. Edney Firmino Abrantes é Advogado, Cientista Político, Professor e Pesquisador. É Especialista, Mestre e Doutor. É autor do livro “Construção e desconstrução imagética dos políticos nas campanhas eleitorais”, dentre outros. É autor de inúmeros artigos científicos e de opinião em sites e revistas especializadas sejam físicas e ou digitais. É colunista do site Fatos Políticos.

Contato: [email protected] 

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