O ano de 2024 inicia com a crise na saúde em toda a extensão territorial do Brasil. Infelizmente, é costume no país o retorno da dengue. O brasileiro sofre com as conseqüências da doença como, por exemplo, a dor de cabeça forte e aguda, dores por todo o corpo, principalmente nas articulações, febre alta, náuseas, fraqueza e etc.
Não há dúvidas de que, quando a pessoa adquire a doença se torna frágil e delimitada, podendo se recuperar quando recebe o diagnóstico em tempo satisfatório e lhe é proporcionado o tratamento adequado, caso contrário, pode vir a óbito se houver complicações.
É de fato extremamente preocupante o retorno dessa doença, não apenas pela sua característica, mas também pelo perigo iminente que ela traz ao ser humano desprovido de condições estruturais e materiais. Quem sofre é a população mais carente que vive nos rincões do Brasil periférico. O Ministério da Saúde faz o alerta de que os casos aumentaram considerável e proporcionalmente na primeira quinzena de janeiro de 2024 em comparação ao mesmo período do ano de 2023. É sem dúvida extremamente preocupante tal situação.
Como pode uma doença provocada pelo mosquito Aedes aegypti ainda voltar constantemente todos os anos? Sabemos que há inúmeros aspectos que respondem essa pergunta como, a falta de estruturação na saúde de inúmeros municípios de pequeno porte existentes em regiões e locais periféricos e de difícil acesso, quantidade de vacinas fabricadas inferior à quantidade de pessoas que são contaminadas pelo mosquito, o calor excessivo que se faz nos verões aqui no Brasil, bem como na América do Sul, o abandono, em muitos casos, do Poder Público ás comunidades e a falta de saneamento básico, bem como a negligência de vários moradores em não cuidar dos seus respectivos ambientes residenciais, são alguns dos motivos que fazem o inseto transmissor da dengue proliferar em alta escala.
Não podemos mais passar por isso, pois todos sabem que nesse período é praticamente certeza a ocorrência do aumento de casos da doença. Portanto, não é surpresa para ninguém o impacto que a mesma gera na sociedade e também na máquina estatal com os gastos excessivos e mortes calculadas.
Basta! O correto não seria inserir apenas a realização de políticas públicas quando os fatos e as ocasiões assim determinam, mas, agir de forma preventiva, ou seja, investir e aplicar receitas da saúde em batalhões de técnicos da saúde contratados fazendo um Raio X em todo canto dos locais e regiões, aumentar as propagandas em todas as mídias sociais que abranjam todos os níveis de governo (municipal, estadual, distrital e federal), gerar aumento de receita que seja destinada especificamente ao combate a dengue e principalmente, termos a consciência de que o equilíbrio do clima e o respeito ao meio ambiente, como também a efetiva estruturação social com obras de saneamento básico, asfaltamento de vias de pequeno e grandes portes ajudariam na atenuação do problema em defesa do serviço essencial de saúde.
Enfim, somente a união entre as pessoas, Terceiro Setor e instituições públicas e privadas com os níveis de governo (municipal, estadual, distrital e federal), com soluções pontuais, é que poderemos sonhar com a eficácia contra a doença e a sua causa, o famigerado Aedes aegypti, mantendo vivo um serviço essencial constitucionalmente que é a saúde brasileira.
Dr. Edney Firmino Abrantes é Advogado, Cientista Político, Professor e Pesquisador. É Especialista, Mestre e Doutor. É autor do livro “Construção e desconstrução imagética dos políticos nas campanhas eleitorais”, dentre outros. É autor de inúmeros artigos científicos e de opinião em sites e revistas especializadas sejam físicas e ou digitais. É colunista do site Fatos Políticos.
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