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CONFLITOS ELEITORAIS AMERICANO: QUAL GOVERNO SERIA MELHOR PARA O BRASIL? DEMOCRATAS OU REPUBLICANOS?

Vimos acontecer ultimamente nos Estados Unidos uma tremenda reviravolta política. Antes os americanos tinham Joe Biden pertencente ao partido democrata e Donald Trump pelo partido republicano concorrendo ao pleito eleitoral nacional.

Por motivos de desgaste físico e mental Joe Biden aceitou a pressão de boa parte dos membros do partido democrata e também de doadores de campanha a desistir de concorrer ao cargo na sua reeleição para presidente dos Estados Unidos, principalmente, pelo cansaço físico e mental que se encontra atualmente, que ocasionou em inúmeras gafes como, por exemplo, troca de nomes e quedas em eventos e momentos de lazer (quando caiu de bicicleta e na escada do avião Air Force One).

Nesse sentido saiu da corrida à reeleição da Casa Branca, sugerindo apoio a sua vice Kamala Harris via Twitter ou como queiram “X” que, de plano, aceitou a pleitear o respectivo espaço deixado por Biden no partido democrata e ficar à disposição da sigla para concorrer junto a Trump e o partido republicano.

Com isso se configura uma nova corrida eleitoral e um novo perfil de concorrência, ou seja, de um lado Kamala Harris (aguardando confirmação oficial do partido democrata), foi Procuradora Geral do Estado da Califórnia e também foi Senadora pelo mesmo estado) e do outro, Donald Trump, mega empresário e ex-Presidente dos Estados Unidos, com posições ideológicas antagônicas e ações políticas diametralmente opostas.

Verificando a disputa em questão, qual seria o melhor candidato ao pleito nacional norte – americano aos interesses do Brasil? Qual deles melhor se coaduna perante a Ordem Internacional e nas Relações Internacionais conosco?

Primeiramente, toda e qualquer nação que atua perante a Ordem Internacional respeitando (pelo menos em tese) o equilíbrio de poder que envolve várias vertentes como, por exemplo, a economia, o comércio ligado a importação e exportação, a cultura e o esporte levados para o mundo como uma espécie de soft power, o poder bélico de suas forças armadas e as ações políticas, jurídicas e diplomáticas exercidas como área de influência de cada ente.

Independentemente de qual área de influência exerce com mais poder, há que se ter o respeito e a dosagem da ação equilibrada, por consequência do princípio da reciprocidade que abrange toda e qualquer vertente. Portanto, toda e qualquer tratativa entre os países perante a tal Ordem Mundial se dá por intermédio das Relações Internacionais que permeiam os canais de contato entre as vertentes supramencionadas.

Dito isso, independente do candidato que vença as eleições presidenciais norte – americanas tem o dever – poder de exercer o seu governo com base nas regras retro informadas, respeitando os demais países de acordo com os seus interesses, sejam límpidos ou escusos e heterodoxos ou ortodoxos.

Caso aconteçam desavenças de opiniões e ações, existem órgãos internacionais para realizar mediações entre esses supostos conflitos existentes, mesmo que algumas nações tenham mais peso e pujança do que outras há ainda instituições globais capazes de discutir o acontecido e quiçá levá-las a julgamento, caso necessário como, a Organização das Nações Unidas e suas agências especializadas, o seu Conselho de Segurança, a Organização Mundial da Saúde – OMS, a Organização Mundial do Comércio – OMS, dentre vários outros.

O que queremos informar é que, sejam os democratas ou os republicanos que vença o pleito norte – americano, existem regras de convivência entre as nações e, portanto, o princípio da reciprocidade pode ser aplicado na prática a quem quer que seja tanto no aspecto positivo quanto no negativo. No Brasil não há o que temer e sim continuar trabalhando em parceria com os Estados Unidos nas importações e exportações de mercadorias, cultura e demais, solidificando o nosso Produto Interno Bruto – PIB cada vez mais.

Obviamente, quando há alinhamento político – ideológico entre os governos de ocasião que exercem a governança dos países os estreitamentos das relações fluem melhor por um lado, mas pelo outro, se houver ideologia distinta, as relações internacionais comerciais continuam normalmente, basta o respeito à reciprocidade e a soberania entre os países dando seguimento ao fortalecimento do PIB de cada um.

Claro que, mesmo seguindo o fluxo de relações nas mais variadas vertentes já citadas, podem acontecer desconexões por conta da diferente ideologia governamental adotada como, por exemplo, entre Brasil e Argentina. Tanto Milei quanto Lula são de pensamentos político – ideológico diferentes, e, mesmo tendo um desrespeito por parte do governante argentino ao governante brasileiro, essas diferenças são pessoais e não institucionais, mas, a diplomacia deve atuar sempre para que não ultrapasse esse limite.

Por fim, cremos que se os democratas vencerem as eleições norte – americanas terão mais receptividade e alinhamento político – ideológico com o governo brasileiro atual, lembrando ainda que, assim como os republicanos, os membros do partido político democrata também são fragmentados, pois, existem aqueles que são liberais, neoliberais, conservadores, elitistas, trabalhistas dentre outras características que possam apontar tanto para a esquerda e para o centro quanto também para a direita.

Enfim, a política é um verdadeiro ornitorrinco ou se preferirem, uma real colcha de retalhos que de alguma forma consegue liga para as pessoas – ou partidárias ou sectárias – caminharem dentro de um projeto comum interligado por pontos ou caminhos comuns mesmo que sejam heterogêneos.

Dr. Edney Firmino Abrantes é Advogado, Cientista Político, Professor e Pesquisador. É Especialista, Mestre e Doutor. É autor do livro “Construção e desconstrução imagética dos políticos nas campanhas eleitorais”, dentre outros. É autor de inúmeros artigos científicos e de opinião em sites e revistas especializadas sejam físicas e ou digitais. É colunista do site Fatos Políticos.

Contato: [email protected]

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